Ernest Hemingway costumava dizer que ‘Só temos a certeza que somos verdadeiramente donos de algo, no momento em que o oferecemos a alguém’. Por outro lado e muitos anos mais tarde, José Mujica, o icónico ex-Presidente da República do Uruguai, no seu não menos icónico depoimento para o documentário Human, de Yann Arthus-Bertrand, defendia que o presente não existe e que o ser humano nada aprende com o passado.; que o importante é avançar de cara levantada para o futuro e o mais leve possível, para não termos que estar presos a nada, nem carregar pesados fardos no momento de avançar. Hoje, em 2019, Marie Kondo, a japonesa seguida por milhões na sua série do Netflix, ensina as pessoas a dar ou a reciclar aquilo que juntaram durante anos e décadas pelo impulso da Posse. O critério? Simples: se não te usas uma peça, desfaz-te dela. Se te custar a desfazer dela porque custar dinheiro, pergunta-te: Isto faz-me feliz? Se não fizer, desfaz-te disso. Afinal de contas, viemos ao Mundo para ser felizes. O Mundo tem-se adaptado e gostado dessa realidade. O sentido de riqueza está hoje muito mais associado a uma experiência de vida rica do que propriamente à posse. Se nos anos 90 e 2000 já tanto se falava na importância do Ser em detrimento do Ter, hoje, mais do que nunca, Ser e Fazer Acontecer são as palavras de ordem. Mesmo Portugal, que como país latino e mediterrânico que é, em termos sociológicos e de comportamento de consumo, onde a posse e a ostentação sempre foram armas de valorização social; assumiu hoje e definitivamente o Usufruto em detrimento da Posse, principalmente nas novas gerações. Onde antes havia um potencial comprador de um carro grande e difícil de estacionar, há hoje o feliz proprietário de um citadino, que gasta pouco e é mais fácil de arrumar; o mesmo que não se coíbe de andar de metro e fazer a ligação entre estações numa trotineta; e que, ao fim-de-semana, aluga 4 bicicletas para a família, dentre as muitas que há para alugar em qualquer rua da cidade; e a deixa onde bem lhe apetecer e á disposição do próximo utilizador. Há 10 anos, esse mesmo utilizador teria gasto facilmente 800€ em 4 bicicletas, que teria de arrumar num espaço que não tinha. Mas eram suas e, na altura, isso era importante. O conceito de usufruto ganhou raízes e, ao contrário do que era useiro noutras décadas, é aquele que tem por ter, mas não usufrui, o que acaba por ser olhado de soslaio como alguém que não está contemporizado com a demanda generalizada. O modelo que, de alguma forma, começou por ser adoptado nos hábitos de trabalho, através do tele-trabalho e do escritório virtual, tem hoje nos mesmos a prova inequívoca que quem o adoptou estava certo e tinha visão. O Escritório Virtual é a prova viva e contextualizada que aquilo que Marie Kondo defende para as coisas que amontoamos em casa, se aplica literalmente - e para quem puder, obviamente - aos empreendedores que teimam em ter um encargo elevado mensal com um escritório físico e tantas vezes mal rentabilizado, unicamente pelo velho hábito da posse: Se o teu escritório físico não te faz feliz, desfaz-te dele. Utiliza um cowork onde te sintas confortável e tenhas condições de privacidade, usufruindo de um serviço de escritório virtual que inclui atendimento telefónico profissional, recepção de correspondência e agendamento de salas de reunião quando necessário. Na vida como no trabalho, viemos ao mundo para ser felizes. |