Este mês, o Avila Spaces deu uma entrevista ao Magazine Imobiliário sobre o novo modelo de trabalho híbrido, Flex Office. Transcrevemos a seguir. Magazine Imobiliário Entrevista Avila Spaces - CEO Carlos Gonçalves MI: A pandemia acelerou novas tendências de trabalho, como é o caso dos novos modelos híbridos. Partilha desta visão? CG: Claro, e nós, no Avila Spaces, sentimos isso mesmo. Na realidade, muitas empresas já adoptavam um modelo híbrido de trabalho, como forma de proporcionar um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional aos seus colaboradores. Mas esta pandemia veio acelerar esta tendência e o Avila decidiu apresentar um novo modelo híbrido, que consiste na oferta de um terceiro espaço, que funciona como ‘escritório satélite’. Na prática, os funcionários poderão optar por trabalhar a partir da sede da empresa, da sua residência ou, pontualmente, de um centro de escritórios e cowork como o Avila Spaces. Com esta crise, muitas empresas optaram por prescindir do seu escritório tradicional, optando por contratar uma solução de escritório flexível, permitindo que os seus colaboradores combinem o teletrabalho com a utilização pontual dos nossos espaços: quer seja um escritório arrendado ao dia ou ao mês, uma sala de reuniões para sessões de trabalho, ou espaços de cowork. MI:Os trabalhadores enfrentam vários desafios nestes tempos de pandemia, nomeadamente o isolamento e a falta de condições em casa para exercer as suas funções, mas as empresas enfrentam também o desperdício do espaço arrendado. O conceito Flex Office, que se encontram a lançar, é uma alternativa a este cenário? CG: Ao haver um equilíbrio entre a presença física na sede da empresa e num centro de escritórios/cowork ou em casa, os colaboradores ganham qualidade de vida e perdem menos tempo em deslocações. Este novo modelo híbrido, traduzido no arrendamento de um escritório ou subscrição de postos de trabalho no nosso cowork, permite oportunidades de networking e socialização, com todas as regras de segurança, neste momento, o que apenas em teletrabalho não é possível. MI: Quais são as maiores vantagens desta solução, além de permitir conectar novamente as pessoas/colaboradores? CG: As pessoas têm de ter esta flexibilidade para escolher como querem trabalhar, sem que isso signifique sacrificar a produtividade. A principal vantagem tem que ver com o facto de os espaços de trabalho poderem ser subscritos de acordo com as necessidades dos utilizadores, inclusive com o arrendamento de escritórios por um dia, ou a compra de um passe pré-pago de acesso ao Business Lounge do Avila que, por 15 euros/dia, permite usar este espaço durante dez dias, em regime de hostdesking. A alternativa a este passe é uma subscrição mensal de 150 euros que dá acesso ao espaço durante todos os dias úteis da semana, das 8 às 20 horas. MI: Para se ter uma noção do que estamos a falar, é possível mostrar, na prática, as diferenças entre um escritório "tradicional” e um Flex Office, nomeadamente em termos de custos? CG: Num escritório tradicional, desde logo, os custos com com água, electricidade, internet, limpeza e manutenção são cobrados à parte, o que significa que logo aí há uma despesa que não existem com a nossa oferta de Flex Office, com as características que descrevi. Não é possível ter um escritório tradicional por 150 euros/mês que dá acesso ao espaço durante todos os dias úteis da semana, já que este custo é de, em média, 750 euros - logo, temos aqui uma poupança de 75% em custos associados MI: Já contam com empresas de prestígio nacionais e internacionais a adoptar este serviço, qual o feedback que obtiveram em relação ao Flex Office? CG: A Melair Cruises, que representa a Royal Caribbean em Portugal, e a empresa de recursos humanos QSR mudaram recentemente para este modelo de trabalho flexível que temos no Avila. O Flex Office está a despertar o interesse de várias outras empresas: estamos neste momento a ser abordados por várias que querem adoptar este novo modelo de trabalho, por uma questão de racionalização de custos, mas também por questões de eficiência e produtividade das equipas. Royal Caribbean reinventa-se em Portugal com o Flex Office: O sector do turismo foi dos que mais sofreu com o impacto da pandemia: as viagens em lazer acabaram por ter grandes restrições ao longo de 2020 e muitos países acabaram mesmo por proibir este tipo de deslocações Esta foi também uma oportunidade para a Melair Cruzeiros, representante do Grupo Royal Caribbean em Portugal, mudar a sua estratégia e organização. A empresa liderada por Francisco Teixeira adoptou o conceito de Flex Office do Avila: «A principal razão que levou à mudança foi ir para um local que tinha outras ramificações em comparação com um escritório tradicional - coworking, salas de reunião, serviço de recepção e outras pessoas com que é possível fazer networking e conviver», diz o CEO. Esta alternativa ao escritório da empresa e à casa dos colaboradores acaba por ser «mais económica, mais confortável e mais produtiva» para Francisco Teixeira, que aponta ainda os espaços que o Avila tem à disposição como factores que contribuem para o bem-estar: «Copa, terraço, lounge e salas de reunião com um sistema de videoconferência plug and play. |