O paradigma mudou. As empresas da economia moderna já perceberam que o local de trabalho não se pode resumir a um conjunto de escritórios com mesas, cadeiras e equipamento informático. Estudos internacionais sustentam que as novas gerações de profissionais, com destaque para os Millennials, valorizam mais o ambiente de trabalho e as condições de flexibilidade laboral que lhes são oferecidas do que a remuneração.
Hoje em dia, muitas pessoas fazem questão de não perder muito tempo entre casa e o trabalho: preferem deslocar-se em transportes públicos ou de bicicleta e saborear calmamente um café na zona lounge da empresa enquanto lêem os primeiros emails do dia, tendo a liberdade de trabalhar a partir do escritório, de casa ou de um espaço de coworking. Os novos profissionais preferem trabalhar onde se sentem melhor, onde se sentem mais produtivos e as grandes empresas já perceberam que este novo paradigma representa uma realidade em que todos ganham. No passado mês de Janeiro, a BBC foi investigar o exemplo sueco que está a dar que falar e que se está a tornar num autêntico manual de boas práticas em empresas de todo o mundo: na Suécia, conhecida pelos seus altos níveis de produtividade laboral, as empresas estabelecem uma pausa obrigatória diária para que os trabalhadores possam relaxar por uns momentos, conversar com os colegas, tomar um café e comer uma fatia de bolo ou uma bolacha, por exemplo. Esta nova prática, denominada Fika – que não tem tradução literal para português, mas que pode significar qualquer coisa como beber café, comer um bolo e conversar - está a enraizar-se na cultura empresarial daquele país escandinavo e parece que veio para ficar. Os novos espaços de trabalho já reflectem esta necessidade, e as empresas estão cada vez mais atentas aos hábitos dos profissionais modernos, que exigem cada vez mais locais de trabalho confortáveis, onde possam sociabilizar, tomar uma refeição enquanto se preparam para uma jornada de trabalho que poderá acabar no escritório, em casa ou numa esplanada. Mais do que o local onde o trabalho é feito, o que interessa realmente é o resultado. E se este resultado se obtiver depois de ir buscar os filhos à escola ou de uma sessão no ginásio para retemperar energias, ainda melhor. Passamos mais tempo no trabalho do que em casa, e já percebemos que a felicidade no contexto laboral é essencial para as empresas atingirem altos níveis de desempenho. E exemplos como este comprovam-no. Teresa Jacinto Chief Research & Development Officer Avila Spaces |