O que a Google e o Coworking têm em comum?

Nos últimos 5 anos, o mundo tem assistido à ascensão de novos modelos de trabalho (coworking, escritórios virtuais e teletrabalho) que estão a transformar de forma acelerada e global, o conceito tradicional de escritório como o conhecemos.

E mesmo Portugal, não foge à regra. De acordo com o Censos Coworking 2013 publicado pela prestigiada Deskmag, Portugal está no Top 10 mundial dos países com mais espaços de Coworking. Em dois anos duplicaram os espaços disponíveis a nível global num total de quase 2.000 dispersos por mais de 80 países (Deskmag Janeiro de 2013).

Por outro lado, empresas de todas as dimensões - desde a start-up às multinacionais - estão a adoptar ou a permitir aos seus colaboradores a utilização dos novos modelos de trabalhos flexíveis que possibilitam não apenas reduzirem custos mas também serem mais eficientes e mais produtivas.

No Coworking, por exemplo, há hoje espaços mais ou menos corporativos, mais ou menos ligados às industrias criativas, ou destinados a apenas uma classe profissional ou a startups. O único princípio comum é o ambiente colaborativo que potencia a produtividade, o networking em rede e a flexibilidade de se ajustar às necessidades de cada empreendedor, colaborador ou de cada empresa.

Uma outra tendência a despontar e que um recente anúncio da Google veio apenas reforçar é o aparecimento de um movimento de empresas, que, não tendo nada que ver com o sector imobiliário ou sector público, começam elas próprias a assumir papéis de destaque na área.

Depois de em 2012, a Google ter inaugurado o Campus London constituído por 7 pisos em que são disponibilizados espaços de trabalho em modelo de Coworking, programas de mentoring e eventos de networking para empreendedores e startups de âmbito tecnológico em início de actividade, anunciou agora uma parceria com 7 hubs tecnológicos norte-americanos - idênticos ao de Londres - com o objectivo de criar uma rede que pretende ser, ao que parece, cada vez mais global. Além de disponibilizar os seus produtos (software e hardware) são também claros os benefícios e as vantagens para a Google com esta aproximação numa perspectiva de médio e longo prazo.

O interessante é que a Google tenha transposto para este espaço a flexibilidade proporcionada pelo coworking e o seu ambiente colaborativo e de networking, acentuando ainda mais o potencial e as vantagens deste tipo de modelo de trabalho flexível. Trata-se na verdade de um movimento que não parece estar circunscrito às empresas de cariz tecnológico como a Google, Microsoft ou outras.

No ano passado, a BBC lançou também um programa muito semelhante denominado Worldwide Labs destinado a startups com foco na intersecção entre a tecnologia e os Media. O objectivo é ajudá-las a crescer, ganhar escala e, sempre que se justificar, estabelecer parcerias globais a nível comercial com a BBC Worlwide. Na passada sexta-feira foi a vez da RTP anunciar um programa em moldes semelhantes.

A verdade é que os modelos de trabalho flexíveis onde se inclui o Coworking, o Teletrabalho e os escritórios virtuais vieram para ficar, são adoptados cada vez mais por empreendedores, startups e empresas de todas as dimensões, e estão a alterar profundamente o conceito tradicional de escritório e do modelo de trabalho. Basta recuarmos 10 anos para nos lembrarmos das barreiras e das dificuldades que existiam - logo de início em relação a um local de trabalho para arranque da actividade, ou espaço digno, central, acessível financeiramente e que se ajustasse às diferentes necessidades de cada negócio. E se nos dias de hoje, à flexibilidade dos modelos de trabalho juntarmos ainda a tecnologia actualmente disponível que nos dá uma mobilidade sem paralelo, constatamos que caminhamos para um novo paradigma: o nosso espaço de trabalho é onde estivermos em cada momento que tanto pode ser em casa, na rua, num hotel, ou num espaço de coworking em Portugal ou em qualquer parte do mundo. 

Carlos Goncalves
CEO do Avila Coworking e co-autor do Livro Out of the Office
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