Nos últimos anos, o mundo assistiu ao aparecimento de forças centrífugas que alteraram completamente a forma como as pessoas trabalham nas empresas, o conceito tradicional de escritório e colocaram também sob pressão os respectivos de departamentos de TI das empresas que se viram a braços com novos desafios. Tablets e smartphones suplantam cada vez os PCs tradicionais enquanto dispositivo principal e a mobilidade tornou-se uma palavra-chave. As pessoas trabalham cada vez mais fora do seu habitual posto de trabalho num escritório tradicional. Não é por acaso, por exemplo, que na nova sede da Microsoft em Portugal não tem lugares marcados e há menos espaços de trabalho do que colaboradores. Exemplos como este têm-se multiplicado nos últimos anos um pouco por todo o mundo. A esta realidade junta-se uma outra tendência global: a massificação dos novos modelos de trabalho (escritórios virtuais e coworking). Empresas de todas as dimensões adoptam cada vez mais estas soluções ou usam-nas como complemento ao escritório tradicional proporcionando maior flexibilidade aos colaboradores e às próprias organizações. Já a tecnologia acompanha estas novas realidades que vieram para ficar. Das soluções de vídeo-conferência, comunicações ou de virtualizações de escritório proporcionadas pelos grandes players globais, passando por aplicações para gestão em tempo real da actividade do escritório mesmo à distancia como o myOffice app, a tecnologia acentuou ainda mais este caminho. Neste contexto, o escritório é cada vez mais o local onde estamos em cada momento, quer seja a rua, um qualquer aeroporto, ou outro local. Se, por um lado, esta mobilidade e flexibilidade trouxeram novos desafios aos departamentos de TI em termos de novas soluções que acondicionem esta realidade é paradigmático que também eles prevejam o fim do conceito de escritório tal como se conheceu durante décadas. De acordo com um estudo global da Aruba Networks junto de departamentos de TI, a maioria considera que o conceito tradicional de escritório estará obsoleto nos próximos anos. Os tradicionais espaços de trabalho que todos conhecemos ao longo de décadas irão evoluir para espaços de trabalho partilhados com soluções flexíveis que poderão funcionar mais como uma espécie de "hubs” para os colaboradores em deslocações do que espaços de trabalho convencionais. É certo que haverá sempre certas funções e tarefas que dificilmente serão afectadas por esta "revolução” mas a maioria está a conhecer profundas alterações. As empresas também compreenderam que a adaptação a este novo paradigma poderá também tornar-se em si numa vantagem competitiva e estratégica face a outros concorrentes que se mostrem mais lentos nesta transição. O futuro pertence cada vez mais às organizações que souberem trabalhar de forma racional e inteligente. Carlos Gonçalves CEO do Ávila Business Center |