É verdade que quando falamos em Sesta, o primeiro país do qual nos lembramos é Espanha. Mas, curiosa e provavelmente, o primeiro país onde as empresas instituiram as salas de sesta, por uma questão de produtividade, foi o Japão. Por outro lado e por falar em Japão, há uma história verídica que conta que ‘Quando um japonês faz greve, não deixa de comparecer ao trabalho (isso, segundo a cultura nipónica, seria faltar ao seu dever e, por conseguinte, ao respeito que a empresa lhe merece). Todavia e embora compareça ao trabalho, os trabalhadores japoneses quando estão em greve, limitam-se a executar ordens’.
Felizmente, nos países considerados mais emocionais, mas onde a sesta (ainda) é vista como coisa para preguiçosos e as greves implicam faltar ao trabalho, as coisas começam a mudar para melhor. A felicidade de um colaborador começa a ser vista como imprescindível para a sua motivação; e a sua motivação, como sabemos, está directamente ligada à sua produtividade, pois como todos sabemos, um trabalhador ocidental insatisfeito pode facilmente ser comparável a um japonês em greve: vai trabalhar, mas não pensa e só se limita a executar ordens (mas ao contrário do japonês, fá-lo de forma permanente, para prejuízo da empresa, até encontrar quem o faça feliz).
Poderá, por isso, ser este o grande motivo pelo qual tantas empresas, como a Accenture, Facebook, Pepsi Co. ou Cabify, terem optado pelo coworking. Não resolve tudo, mas ajuda em grande medida a criar colaboradores mais felizes, porque se sentem mais valorizados e compreendidos, logo mais motivados e produtivos. E as empresas só têm a ganhar com isso, mas não só com isso, quando incluem o coworking como modelo laboral. E a fórmula não podia ser mais simples.
As empresas que adoptam o coworking têm, logo à partida, a vantagem de usufruir da flexibilidade contratual deste modelo, face aos mais tradicionais: - Podem arrendar postos de trabalho de acordo com o nº de colaboradores que contratam, tendo a opção de celebrar contratos mensais;
- Têm mais argumentos para atrair e reter outro tipo de talento, dado que os espaços de cowork são espaços de trabalho confortáveis, que valorizam o bom ambiente e o networking entre os utilizadores, oferencendo amenities (café, fruta, bebidas, etc) ou eventos de networking e de lazer, como yoga e meditação, entre outros.
- Ambientes de trabalho que geram criatividade e participação, mas também privacidade, quando algumas delas é precisa. Os espaços de Coworking corporativos disponibilizam secretárias em open space, mas têm também áreas lounge, escritórios privativos e salas de reunião - que são essenciais para sessões de trabalho que exigem privacidade.
- Os colaboradores tendem a sentir na primeira pessoa o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Efectivamente, e por esta razão, há multinacionais que contratam espaços de coworking para que os seus colaboradores trabalhem a partir daí, parte do tempo. Desta forma, são mais produtivos e felizes, podem estar mais perto de casa, da escola dos filhos e melhoraram a sua qualidade de vida, evitando assim factores que geram quebras de produtividade e de felicidade, como o trânsito, sedentarismo, poluição, diminuição do tempo de qualidade e de usufruto da família e da vida social.
Eis um assunto sobre o qual vale a pensa dormir, na sua próxima sesta…
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