Decerto que alguma destas frases lhe é familiar: Aqui é que eu trabalhava bem, com esta paisagem! ou Que chatice, lá vou eu ter que voltar para o escritório! Não sei porquê. Podia perfeitamente trabalhar aqui. Até trabalhava melhor ou quantas vezes já lhe aconteceu estar de viagem e dizer aos seus amigos Vão andando, que eu preciso de parar num café com wifi para responder a uns e-mails.
Felizmente, há líderes com visão que já transformaram estas frases em algo obsoleto. E assim, e graças a eles e à procura do mercado e dos seus melhores profissionais, nasceu o movimento WORKATION (Work + Vacation). Um movimento que privilegia a eficácia, o empowerment, o constante enriquecimento cultural e a felicidade dos profissionais. Não interessa onde eles estejam ou a fazer o quê. Desde que produzam e acrescentem valor.
A verdade é que as empresas se arriscam e até preferem perder talentos inquestionáveis, daqueles que são capazes de criar soluções e valor percebido para os clientes, nem que para isso tenham que os mandar trabalhar para onde eles são mais felizes e, por isso, produtivos; mantendo nos seus quadros e de preferência sob controlo, profissionais medianos, daqueles que não são capazes de fazer tremer a concorrência, que se sentem mais profissionais quando vestem uma gravata e cumpridores de objectivos quando entram antes da hora e cumprem os objectivos comerciais desse ano (sem fazerem a mais pequena ideia do que lhes vai acontecer no próximo, por falta de algo tão mais importante como Visão Estratégica e Criação de Valor).
É a velha dicotomia entre casar com a pessoa por quem estamos irracionalmente apaixonados ou optar por fazê-lo com a pessoa que nos oferece mais garantias de estabilidade, mesmo sabendo que não é a paixão aquilo que nos move.
Num mundo perfeito, o profissional que é capaz de marcar a tendência do sector, através da criação de soluções de valor acrescentado para quem é mais importante na empresa (não o Patrão, mas o Cliente), tem liberdade (porque tem responsabilidade) para ser feliz enquanto trabalha e trabalhar enquanto é feliz. Tem liberdade e hoje em dia também tem os mesmos meios que tem no seu espaço de trabalho, para viajar e se estimular, enquanto trabalha. E tem-na, porque é focado no essencial, é disciplinado e segue um líder que não teima em demonstrar que tem Poder para despedir, mas sim Autoridade para ensinar.
Felizmente, esse mundo perfeito existe. E há mercados onde já há líderes e profissionais que casam por paixão...e aproveitam para trabalhar enquanto se divertem... Carlos Goncalves Author of the book Out of the Office - Love Where you Work
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