Estamos, decidida e definitivamente, numa era em que o usufruto é mais importante do que a posse. É uma realidade de mudança de mentalidades, que foi iniciada no sector automóvel, especialmente com o renting e ganhou estatuto de definitivo com a chegada de plataformas como a Uber ou a Cabify, nos automóveis; e se estende, actualmente, a outros meios de transporte como a bicicleta ou a trotineta. Os jovens empresários e empreendedores de hoje, querem usufruto, mas com todas as facilities que já eram oferecidas quando a solução era a propriedade. Querem mobilidade e liberdade de movimentos. Não querem responsabilidades de longa duração. Querem resultados, alicerçados em custo variável em vez de fixo, para olharem para o break-even-point com o sorriso de quem sabe que só gastam aquilo que consomem e investem para produzir. O resto é, hoje, visto como supérfluo. E é nesse sentido que quando um empreendedor tem que escolher entre a leveza dum escritório virtual ou o peso de um escritório físico, não pensa duas vezes, porque já fez as contas uma vez: ter um escritório virtual é o mesmo que chamar um Uber Black, usufruir de um carro topo de gama todos os dias, não ter que estacionar, nem ter mais encargos quando fecha a porta do mesmo, sabendo que pode chamá-lo sempre e quando precisar. E no fim de cada mês voltar a sorrir quando fizer as contas e confirmar o tanto que poupou, directa e indirectamente. Como em tudo, um escritório virtual não é uma solução à medida de todos, pois há quem precise de um local físico para produzir ou armazenar; mas é uma solução cada vez mais à medida de tantos que valorizam ter uma solução real para necessidades que nada têm de virtual: o Escritório Virtual, na realidade, é um espaço físico. A responsabilidade de cada um para com os seus encargos é que é virtual. |